domingo, 5 de maio de 2019

A GRAMÁTICA DOS DIREITOS, por Carlos Lula


O mês começa e chegam os boletos. Ludicamente, uns brincam sobre sortear o que pagar. Outros sabem exatamente o que o dinheiro vai custear, de preferência, alimentação. Com a gasolina nas alturas, não há de demorar muito para o botijão de gás ficar ainda mais caro. Inevitavelmente, daqui a um pouco, o alimento ficará mais caro, o transporte público e toda a cadeia daí decorrente – este é o efeito cascata da nossa longa crise econômica.

Embora todos os aumentos afetem a vida do cidadão, prosseguimos com o Sistema Único de Saúde gratuito e universal. Imagine este serviço pago?! Apenas 6% da população maranhense teria condições de garantir seu próprio atendimento. E se o discurso oficial afirma ser o SUS um privilégio, é preciso reforçar cada vez mais o que ele realmente é: um direito de todos.

Assim, com esforço e planejamento, o Governo do Maranhão tem conseguido abrir e manter serviços realmente necessários à nossa população. Garantindo direitos.

Na última semana, por exemplo, entregamos o Centro Especializado de Reabilitação (CER) da Cidade Operária, em São Luís. Agora, são duas unidades deste tipo – outra está localizada no bairro do OIho d’Água.

O serviço conta com serviços como pilates, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição, hidroterapia, psicologia, psicopedagogia, entre outros, assistência que, muitas vezes pensamos, apenas a classe mais abastada teria – se pagar semanalmente em uma clínica particular. 

Se pensarmos que algumas sessões de Pilates por mês estão totalmente fora de cogitação para um trabalhador que ganha o salário mínimo, em nosso Centro de Reabilitação é fazê-las gratuitamente. Privilégios? Nunca. Apenas a possibilidade de garantir serviços de excelente qualidade a quem não possui condições de pagar por eles.

Mas não são apenas os adultos e idosos privilegiados com o serviço do CER. As crianças têm um espaço e um serviço voltados para o cuidado e reabilitação delas. Poderemos destacar o método ABA no atendimento as crianças autistas do Olho d’Água. Somos o único no país a ofertar o tratamento, por meio desta abordagem de forma intensiva, pelo SUS.

Na contramão da crise econômica e da política de segregação – tão presente no discurso de alguns ‘representantes do povo’, prosseguimos com investimentos que preveem inclusão, expansão da assistência e cuidados especializados a fim de evitar que o direito à saúde seja reduzido e exclusivo àqueles que possuem dinheiro. Tão importante quanto continuar expandindo direitos, é combater o discurso oficial de que o Sistema de Saúde Universal e gratuito é um privilégio. Geralmente esse discurso sai da boca apenas daqueles que possuem acesso aos melhores planos privados de saúde.

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