domingo, 25 de agosto de 2019

Governo garante atendimento médico e remédios a representantes da Comunidade do Cajueiro


O Governo do Maranhão vem garantindo atendimento médico e acesso a medicamentos e alimentos às lideranças da comunidade do Cajueiro, zona rural de São Luís, que desde o fim da tarde desta sexta-feira, 23, decidiram ocupar a sede da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), no Edifício Clodomir Millet, no bairro Calhau.

O Governo garantiu pleno direito ao protesto, uma vez que o prédio é público, mas esclarece que o edifício é fechado no final de semana e não conta com expediente aos sábados e domingos.

O secretário Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, recebeu ontem um grupo de lideranças da comunidade Cajueiro. Porém, o grupo anunciou que só dialogaria caso as obras do Porto São Luís fossem imediatamente interrompidas.

Os representantes da comunidade foram informados que as obras são um empreendimento privado e que a Secretaria não tem poder para tal ato. Desta forma, o grupo foi orientado a recorrer junto à Justiça, como prevê a Lei e é de conhecimento dos advogados da liderança comunitária.

Em entrevista coletiva na manhã deste sábado, 24, o secretário Francisco Gonçalves frisou que o governo não está obstruindo o protesto e garantiu pronto atendimento médico a um manifestante que se sentiu mal.

“Eles [os manifestantes] ficaram na entrada no hall de entrada do gabinete e no corredor. Nessa área não tem ar condicionado, quem frequenta a Sedihpop sabe disso. Não houve desligamento do ar condicionado. Inclusive, a meu pedido, a prefeitura do complexo não apagou as luzes, porque é comum, quando encerra o expediente, todas as luzes são apagadas, todo o sistema de ar refrigerado é apagado e não foi feito isso. Toda iluminação continuou funcionando. Hoje uma pessoa se sentiu mal e foi providenciado imediatamente atendimento com médico, enfermeiro e ambulância”, afirmou o secretário.

Francisco Gonçalves voltou a ressaltar que o governo vem mantendo amplo e aberto diálogo com a comunidade do Cajueiro desde 2015 e que o Estado não tem poder para interferir em uma determinação judicial.

“Ninguém está impedido de sair do prédio, se a pessoa quiser está livre para sair a qualquer momento. Nós temos que nos ater aos fatos reais, inclusive manter um diálogo responsável sobre essas questões. O governo do Estado tem uma preocupação com as famílias que estão na área, tanto que esse é um diálogo que tem sido feito durante todo o primeiro mandato do governador Flávio Dino e tem sido feito agora. Agora, não cabe ao Governo responder por coisas que não são da sua responsabilidade, que tem que ser tratado no âmbito da Justiça”, reforçou Gonçalves.

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