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| FOTO: Mapa São Bento | 
O
 Ministério Público do Maranhão ajuizou, em 20 de novembro, Ação Civil 
Pública de obrigação de fazer contra o Município de São Bento, 
representado pelo prefeito Luiz
 Gonzaga Barros, para que seja interditado o abatedouro irregular que 
funciona no centro da cidade.
Na
 Ação, assinada pela titular da Promotoria de São Bento, Laura Amélia 
Barbosa, também é requerido que o prédio construído para ser o novo 
abatedouro municipal, no povoado
Iguarapiranga (Mangal), seja adequado para entrar em funcionamento.
ENTENDA O CASO
Tomando
 por base um relatório da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do 
Maranhão (Aged), a Promotoria instaurou, em agosto de 2019, um 
procedimento administrativo
 com o objetivo de tomar providências para regular o funcionamento do 
abatedouro de São Bento.
Segundo
 o relatório da Aged, o terreno não é murado nem pavimentado, não foram 
encontrados instrumentos mínimos necessários ao abate, não há câmaras 
frigoríficas e não
 existe esterilização de facas e demais instrumentos para as diversas 
fases de operação, entre outras irregularidades.
A Aged informou que tomou as providências cabíveis e fez as recomendações necessárias ao Município, mas não foi atendida.
No
 dia 28 de agosto, a equipe da Promotoria de São Bento esteve no 
abatedouro irregular e constatou que as condições descritas no relatório
 da Aged
persistiam.
Em
 30 de agosto, o executor de mandados da Promotoria de São Bento 
vistoriou o local onde deveria funcionar o abatedouro municipal, no 
povoado
Iguarapiranga e relatou péssimas condições de acesso e que o local apresentava aspecto de abandonado. 
TENTATIVA DE TAC
Em
 audiência realizada na Promotoria no dia 17 de setembro, o prefeito 
Luiz Gonzaga Barros foi perguntado sobre a possibilidade de assinar um 
Termo de Ajustamento de Conduta
 (TAC) para resolver a situação. O gestor municipal respondeu que não 
era necessário, pois o prazo de 30 dias seria suficiente para preparar 
parte do abate de animais para o abatedouro do povoado
Iguarapiranga.
Passado
 o período prometido pelo prefeito, o abatedouro de São Bento ainda 
funciona irregularmente no centro da cidade. A equipe da Promotoria, 
incluindo a promotora de
 justiça Laura Amélia, visitou o povoado Iguarapiranga e encontrou o local onde deveria funcionar o abatedouro municipal sem qualquer sinal de início de reforma.
“A
 Aged e esta Promotoria tentaram resolver o problema de forma 
consensual, mas não deu certo. A esta altura, não resta outra via senão a
 judicial”, afirmou Laura Amélia Barbosa.
PEDIDOS
Em
 caráter liminar, o Ministério Público requer que o Município de São 
Bento seja obrigado a interditar o abatedouro clandestino que mantém no 
centro da cidade, no prazo
 de 30 dias. No mesmo período, o novo abatedouro municipal, no povoado Iguarapiranga, deve ser adequado obedecendo
as normas do Regulamento Industrial e Sanitário de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Riispoa).
Também
 em 30 dias, o Município deve criar o Serviço de Inspeção Municipal 
(SIM) para dar respaldo legal às atividades do matadouro, e capacitar os
 manipuladores para que
 estes adotem medidas de higiene pessoal do estabelecimento e dos 
instrumentos, visando garantir um produto de boa qualidade e assegurar a
 saúde do consumidor.
Em
 caso de descumprimento da medida imposta, o MPMA pede que seja fixada 
multa pessoal e diária de R$ 20 mil ao prefeito Luiz Gonzaga Barros.
 
 
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