Tribunal do Júri de Pindaré-Mirim condena dois homens por homicídio

O Tribunal do Júri de Pindaré-Mirim se reuniu, nos dias 10 e 11 de junho, em duas sessões de julgamento de ações penais de homicídio que tramitavam havia mais de 15 anos na comarca, sem solução. 

O juiz Humberto Alves Júnior, titular da 1ª Vara da Comarca de Viana (respondendo por Pindaré-Mirim), presidiu as sessões e emitiu as sentenças de condenação de dois réus, julgados pelos crimes contra a vida, conforme  decisões do Conselho de Sentença.

Com esses julgamentos, o juiz atendeu à Meta 2, estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça, de identificar e julgar, até 31/12/2025, os processos distribuídos há 16 anos (2009).

HOMICÍDIO POR VINGANÇA

Na primeira sessão, realizada em 10 de junho,  o réu Gilberto Ribeiro foi julgado e condenado a 12 anos - com direito a recorrer em liberdade -, sob a acusação de ter matado, de surpresa e por vingança, a vítima José Vital Pereira, no dia 13 de junho de 2004, por volta das 6h, no Povoado Colônia Pimentel, em Pindaré-Mirim.

A denúncia narrou que naquela manhã, a vítima estava chegando de uma pescaria acompanhada de amigos, ocasião em que, ainda na beira do rio, foi surpreendida pelo acusado armado com um revólver, o qual disparou contra a vítima, causando sua morte. 

Após a vítima ter sido atingida pelos disparos, ainda teria levado golpes de faca, pelos outros denunciados, que acompanhavam o réu. O assassinato teria sido motivado em razão de rixa anterior à discussão, porque a vítima teria dito que um dos que acompanhava o réu teria furtado uma rede de pesca.

ASSASSINATO DE SEGURANÇA DE CLUBE

Na segunda sessão de julgamento, dia 11, o réu Carlos Augusto Baldez Amaral, que já estava preso provisoriamente, foi considerado culpado pelo crime de homicídio simples pelo Conselho de Sentença e recebeu a pena de 8 anos e 9 meses de prisão - sem direito a recorrer da sentença em liberdade. 

Amaral foi acusado de ter matado Adeildo Silva, em 27 de janeiro de 2007. Segundo a polícia, o acusado estava em companhia de outros dois indivíduos quando tentou entrar em uma festa no Clube Cabana Show sem pagar o ingresso, sendo impedido pela vítima, que trabalhava como segurança no evento.

Após uma discussão, a vítima se afastou da entrada do clube para acender um cigarro, quando o acusado, armado com uma faca, deu um golpe na região da costela de Silva, que ainda tentou entrar no clube, mas morreu em decorrência da gravidade das lesões.