segunda-feira, 2 de junho de 2025

Weverton Rocha pode estar envolvido em fraude do INSS

Polícia Federal investiga um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que teria causado prejuízos a aposentados e pensionistas, com descontos indevidos em seus benefícios. Entre os nomes citados nas apurações está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que, embora ainda não seja formalmente investigado, deverá prestar depoimento nos próximos dias. A Polícia Federal investiga se houve facilitação política para o funcionamento do esquema. Rocha é apontado como tendo ligações com Antônio Carlos, conhecido como “Careca do INSS”, suspeito de comandar as fraudes.

O investigado teria frequentado tanto o gabinete quanto a residência do senador. A assessoria de Rocha confirmou encontros, mas alegou que Antônio Carlos se apresentou como representante do setor farmacêutico. O senador nega qualquer envolvimento e classificou as acusações como “levianas”. Outro ponto de atenção na investigação é a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que tem contratos com o INSS desde os anos 1990 e teria vínculos com o esquema. A associação, que declarou apoio à campanha eleitoral de Weverton Rocha, também é alvo das apurações.

A operação da PF batizada de Sem Desconto, que identificou o esquema, já apreendeu veículos de luxo e revelou o envolvimento de pelo menos 15 nomes ligados ao Congresso Nacional. Caso o nome de Weverton Rocha seja incluído formalmente entre os investigados, o processo será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao foro privilegiado do parlamentar.

O caso reacendeu a discussão sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes no INSS. O ministro Luiz Fux, do STF, solicitou explicações da Câmara dos Deputados sobre a possível instalação da comissão, enquanto a pressão por transparência e responsabilização cresce entre parlamentares e a sociedade civil.

Diante da repercussão, o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), anunciou que os valores indevidamente descontados serão ressarcidos aos beneficiários. O presidente do INSS, Gilberto Waller, informou que os primeiros pagamentos estão previstos para julho, com conclusão do processo até o fim do ano. A medida busca reparar os danos causados a milhares de aposentados e pensionistas lesados pelo esquema fraudulento.

WEVERTON NEGA

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) negou qualquer participação no esquema de fraudes no INSS que está sendo investigado pela Polícia Federal. Em nota, o parlamentar afirmou que “não conhece e nunca tratou com qualquer que seja tais associações investigadas” e que não é alvo da investigação. Ele classificou como “levianas” as tentativas de associar seu nome ao caso.

A investigação da PF apura a existência de uma rede criminosa que aplicava descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, por meio de associações suspeitas. Um dos principais alvos da operação é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema. De acordo com as investigações, ele teria frequentado o gabinete e até a residência de Weverton Rocha.

A assessoria do senador confirmou encontros com Antônio Carlos, mas sustentou que ele se apresentou como representante do setor farmacêutico e que os contatos foram estritamente institucionais.

Também está na mira da Polícia Federal a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade com contratos antigos com o INSS e que teria apoiado a campanha de Weverton. Embora não seja formalmente investigado, o senador deverá prestar depoimento nos próximos dias. Caso o nome dele entre oficialmente na investigação, o caso será remetido ao Supremo Tribunal Federal, em razão do foro privilegiado.

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