segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Em meio à disputa na Câmara, Maia ameaça com impeachment de Bolsonaro

 


A decisão da Executiva do DEM de desembarcar do bloco de apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e a disposição do PSDB e do Solidariedade de seguir o mesmo caminho levaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ameaçar aceitar um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A eleição que vai escolher a nova cúpula da Câmara e do Senado está marcada para esta segunda-feira, 1.

Ao ser informado pelo presidente do DEM, ACM Neto, na noite deste domingo, 31, de que a maioria dos deputados do partido apoiaria a candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL) para o comando da Câmara, e não Baleia, Maia ficou irritado. O presidente da Câmara ameaçou até mesmo deixar o DEM. A reunião ocorreu na casa dele, onde também estavam líderes e dirigentes de partidos de oposição, como o PT, o PC do B e o PSB, além do próprio MDB.

ex-senador José Aníbal foi na mesma linha. “O PSDB assumiu compromisso com Baleia. Espero que cumpra. De outro modo, é adesão ao genocida”, afirmou Aníbal neste domingo.

Maia lançou a candidatura de Baleia à sua sucessão em dezembro, com o respaldo de uma frente ampla, que incluiu partidos de esquerda. Na ocasião, o líder do DEM, Efraim Filho (PB), assinou um documento no qual o partido avalizava o nome do MDB.

Diante do racha, ACM Neto atuou para amenizar a crise. Saiu da casa de Maia e foi direto para a sede do partido. Conduziu a reunião da Executiva pedindo para que o DEM ficasse oficialmente neutro. Além das ameaças de Maia, partidos de oposição afirmaram que, com o abandono de Baleia por parte do DEM, também a esquerda poderia desembarcar da candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ao comando do Senado. Até agora, Pacheco é o favorito para a cadeira de Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Ao final da reunião, a cúpula do DEM decidiu não aderir mais ao bloco de Baleia nem ao de Lira, ao menos oficialmente, assumindo posição de “independência” e abrindo caminho para traições, uma vez que o voto é secreto. O candidato do Progressistas, no entanto, divulgou em sua agenda que nesta segunda, às 9h30, receberá o apoio do DEM.

Nos bastidores, deputados comentavam neste domingo que o racha pode afastar o apresentador Luciano Huck do DEM. Huck planeja entrar na política para disputar a eleição para a Presidência, em 2022, e tem flertado tanto com o DEM como com o Cidadania ao defender uma frente de centro para derrotar Bolsonaro.

Um comentário:

  1. Não dá mais tempo. O país agora com a Vitória de Lira terá de fato um novo presidente que cobrará caro o apoio ao pseudopresidente Bolsonaro que nunca soube o que é governar, pois seu despreparo e sua vontade insana de proteger os filhos o fez colocar a República de quatro para os deputados do centrão cuja gula por dinheiro nunca é saciada. O que mais me espanta é ver o apoio maciço que tem o pseudopresidente a ponta de eles torcerem de forma absurda para que alguém corrupto, réu e que tem uma condenação Arthur Lira vencer a eleição para presidente da Câmara e que um cargo importantíssimo no Brasil. Os políticos são colocados no poder pela parcerla da população que tem direito ao voto, e dentro desse universo vence os candidatos escolhidos pela maioria; e os nossos representantes em sua maioria tem algum tipo de envolvimento com a corrupção ou outros crimes, então significa que o eleitorado acaba sendo tão ou mais canalha do que o próprio político. Bolsonaro é sem dúvida nenhuma o maior estelionatário político que o Brasil já teve.

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