Na noite desta terça-feira (06) de maio, faleceu a cantora Patativa, aos 87 anos. A sambista vinha passando por graves problemas de saúde, incluindo o Parkinson.
Patativa nasceu Maria do Socorro Silva, em 05 de outubro de 1937, na cidade de Pedreiras, vindo para São Luís ainda criança. E fincou raízes no bairro da Madre Deus onde a efervescência cultural foi o componente que faltava na vida da artista.
Apesar de viver entre os artistas só conseguiu gravar um álbum com suas composições já com 77 anos de idade. “Ninguém é Melhor do Que Eu” saiu em 2015, pelo selo Saravá Discos, produzido por Zeca Baleiro, que participou do disco, assim como Simone e Zeca Pagodinho.
Patativa era figura presente nas noites dos centros culturais da ilha, onde circulava distribuindo alegria com um humor juvenil. Há alguns anos os percalços da idade se acentuaram e a artista foi ficando mais reclusa.
Vivendo uma vida humilde, sem posses, vinha sendo ajudada por parentes e amigos, que faziam campanhas de arrecadação de recursos para efetivar os cuidados da cantora e artista maranhense.
Um funeral sem tristeza
Em vida, Patativa expressou diversas vezes o desejo de que seu funeral não tivesse tristeza, mas sim alegria, justiça e respeito — tudo embalado ao som do reggae de Bob Marley.
Irreverente, alegre e dona de composições marcadas por um tom polêmico e contestador, Patativa era uma mulher negra, forte, firme e imponderada. Este ano, completaria 88 anos no dia 5 de outubro.
Ao longo da vida, tornou-se um símbolo do carnaval de rua da capital maranhense, encantando gerações com sua voz e presença marcante.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o velório e sepultamento da artista. A causa da morte também não foi divulgada.
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