quarta-feira, 7 de maio de 2025

PDT rompe com base de Lula na Câmara após saída de Lupi

 

Em movimento unânime, a bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (6) o rompimento com a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, liderada pelo deputado Mário Heringer (PDT-MG), ocorre dias após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social e marca uma mudança significativa na relação do partido com o Palácio do Planalto.

Segundo Heringer, a medida reflete um acúmulo de insatisfações com a condução política do governo federal e leva em consideração o cenário eleitoral de 2026. A bancada, composta por 17 deputados, passará a adotar uma postura de independência, não se alinhando automaticamente ao governo, mas tampouco assumindo um papel de oposição formal.

A gota d’água para o rompimento teria sido a exoneração de Lupi, presidente licenciado do PDT, em meio a desgastes causados por denúncias de fraudes no INSS. A nomeação de Wolney Queiroz, então secretário-executivo da pasta, para o comando do ministério sem consulta à bancada acirrou ainda mais os ânimos dentro do partido.

No Senado, no entanto, a posição do PDT segue indefinida. O líder da legenda na Casa, senador Weverton Rocha (MA), pretende discutir o posicionamento com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF), embora a tendência seja a de manutenção do apoio ao governo. Weverton mantém relação próxima com lideranças do Planalto e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Com 20 parlamentares no Congresso Nacional — 17 deputados e 3 senadores — o PDT segue como um ator relevante no equilíbrio político de Brasília, mas sua nova postura na Câmara pode representar um desafio adicional para o governo na articulação de votações importantes.

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