O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma organização criminosa supostamente envolvida na tentativa de um golpe de Estado no Brasil.
De acordo com a PF, Bolsonaro e outras 36 pessoas são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa.
A acusação aponta que a organização criminosa atuou de forma coordenada para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin, após as eleições de 2022.
Pronunciamentos de políticos maranhenses
O indiciamento provocou reações entre lideranças políticas do Maranhão.
- Yglesio Moisés (PRTB), deputado estadual, criticou o indiciamento durante discurso na Assembleia Legislativa, afirmando que se trata de uma “tentativa da esquerda de criar crimes impossíveis”.
- Rubens Jr. (PT), deputado federal, destacou nas redes sociais o que considera um conjunto robusto de evidências contra Bolsonaro: “Já tínhamos alertado sobre o claro envolvimento dele na CPMI, e agora a PF apresenta provas irrefutáveis.”
- Eliziane Gama (PSD), senadora e ex-presidente da CPMI do 8 de Janeiro, afirmou que o relatório da comissão estava alinhado com as investigações da PF: “Dos 37 indiciados, 11 já constavam no relatório da CPMI, demonstrando que estávamos no caminho certo.”
Próximos passos
Com o relatório final entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem 15 dias para decidir se apresentará denúncia contra Bolsonaro e os demais indiciados. As defesas também terão o mesmo prazo para manifestação.
Por conta do recesso do STF, que vai de 19 de dezembro a 1° de fevereiro de 2025, é esperado que qualquer decisão ou julgamento relacionado a uma eventual denúncia só ocorra no próximo ano.
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