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Mapa: Município de Cantanhende |
O juiz
Paulo do Nascimento Júnior, titular de Cantanhede, presidiu duas sessões
do Tribunal do Júri na comarca esta semana, sendo uma no dia 14 (terça)
e outra no dia 16 (quinta-feira). No primeiro júri, José Domingos foi
condenado a 16 anos e meio de cadeia, sob acusação de ter matado
Benedito Hortegal. No outro julgamento, Dielson Brandão era acusado de
ter matado a pauladas mãe e filha, crime que chocou a região de
Cantanhede. Ele foi condenado a 35 anos de prisão, em sessão muito
aguardada pela população.
Do
primeiro julgamento, José Domingos matou Benedito em janeiro de 2008,
por volta das 15h30, no Povoado Chica Magra, efetuado disparos de arma
de fogo, por motivo fútil. Segundo consta no inquérito policial, no dia e
hora acima mencionados, o denunciado foi até o barraco de João Capoeiro
e pediu a seu filho, Magno Morais Cruz, que lhe emprestasse sua
espingarda para caçar. Como João não estava presente, o
acusado pegou a arma e disse que mataria um. Como o denunciado possuía
uma rixa com a vítima, ele dirigiu-se logo ao roçado de Benedito
Hortegal, momento em que efetuou o disparo.
No caso
de maior repercussão, Dielson dos Santos Brandão foi julgado e condenado
pela morte de mãe e filha, crime brutal que mobilizou Cantanhede. Ele
matou as duas a golpes de porrete, no dia 18 de maio de 2014, na Rua
Santa Bárbara. As vítimas foram Luciane Ferreira e a filha de apenas 4 anos de idade. Relata a denúncia que Dielson adentrou na residência das
vítimas, de quem era vizinho, após pular o muro e a janela, a fim de
furtar objetos com o objetivo de trocar por entorpecentes. Ao iniciar a
busca por algo de valor, já dentro da residência, escutou um barulho,
ocasião em que pensou ter sido observado pela vítima Luciane.
Com receio de que ela o denunciasse, Dielson resolveu retornar
ao quintal de casa e armou-se com um pedaço de madeira, voltando logo
em seguida à residência das vítimas. Em seguida, ele entrou no quarto em
que as vítimas estavam e, sem que estas percebessem, desferiu vários
golpes na cabeça da vítima Luciane, causando morte instantânea. Ao
perceber que a criança estava acordando, ele resolveu, também,
aplicar-lhe vários na cabeça causando a sua morte. Como se não bastasse,
após a prática do duplo homicídio, o denunciado ainda vilipendiou o
cadáver de Luciane.
Na época
do crime, o esposo de Luciane, João de Deus, havia sido apontado como
principal suspeito e chegou a ser preso pela Polícia Militar. As
investigações apontaram um novo suspeito do duplo homicídio, Dielson dos
Santos Brandão, vizinho das vítimas. Ele foi conduzido à delegacia
regional de Itapecuru-Mirim e acabou confessando a ação criminosa e
relatou detalhes do crime bárbaro. O assassinato de mãe e filha causou
grande comoção na população de Cantanhede.
O
conselho de sentença decidiu pela condenação de Dielson dos Santos
Brandão e a soma das penas chegou a 35 anos e 9 meses de reclusão, a ser
cumprida em regime fechado.
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