Conjunto habitacional sofre com problemas no abastecimento de água, tratamento de esgoto, iluminação, além da ação de vândalos
Na segunda-feira (29), o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) reuniu-se com representantes da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), da Secretaria de Habitação e Urbanismo (Semurh), da Secretaria de Governo (Segov) e da Caixa Econômica Federal para discutir condições infraestruturais do Residencial Ribeira, projeto habitacional do “Minha Casa, Minha Vida”, no município de São Luís. O encontro teve como objetivo firmar acordo para que haja adequações no sistema de água e esgoto, assim como na iluminação, pavimentação, equipamentos e espaços de lazer do empreendimento.
Na ocasião, a Caema assegurou que o problema referente à qualidade da
água que abastece o empreendimento já foi solucionado, o que teria sido
verificado recentemente em relatório técnico confeccionado pela
companhia. A Caema se comprometeu ainda a indicar todas as pendências
técnicas visando o recebimento definitivo do sistema de água e esgoto,
as quais serão encaminhadas e discutidas entre a Caixa e as empresas
consorciadas responsáveis pela construção do residencial.
Foram pontuados vários outros problemas no empreendimento, como a
questão da pavimentação, os pontos deficientes de iluminação pública e a
ausência dos equipamentos públicos contratados, como uma Quadra
Poliesportiva e a Praça do residencial. Registrou-se que um novo prazo
foi conferido às construtoras, que devem finalizar as construções até
março de 2018.
Ao final, decidiu-se acerca dos imóveis destinados ao programa “Minha
Casa, Minha Vida” que estariam abandonados ou sendo ocupados por pessoas
distintas dos beneficiários originais. Sobre o tema, o Ministério
Público Federal pretende obter compromisso entre a Caixa e o Município
de São Luís visando o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos
para a identificação e a desocupação das unidades habitacionais, com a
posterior oferta dos imóveis recuperados para os beneficiários
selecionados na condição de suplentes, que constam na lista de espera do
programa habitacional.
De acordo com o procurador da República Hilton Melo, “é importante que
os beneficiários do programa acompanhem atentamente os processos de
cadastro e seleção das pessoas contempladas, e que, ao tempo do
recebimento do imóvel, cobrem a entrega do imóvel em perfeitas condições
de uso, podendo o usuário efetuar reclamações individuais a partir do
telefone 0800-721-6268, disponibilizado pela Caixa, com vistas à solução
dos problemas junto às construtoras responsáveis”, disse.
Além disso, o procurador da República alertou que os imóveis
disponibilizados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, construídos com
recursos federais como o Fundo de Arrendamento Residencial – FAR,
obedecem a um regramento especial e devem ser destinados
obrigatoriamente para os beneficiários selecionados, não cabendo a estes
abandonar, alienar ou alugar os imóveis. Tais contratos são
considerados nulos e a ocupação irregular, configurando hipótese de
rescisão contratual, cabendo à Caixa promover a reintegração de posse do
imóvel para disponibilizar o bem para outro beneficiário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário