O deputado estadual Yglésio Moyses, do PSB, fez graves denúncias na manhã desta terça-feira (2), contra a eleição do Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) durante sessão na Assembleia Legislativa do estado.
A eleição foi cancelada após indícios de fraudes, e o deputado apontou diversas irregularidades na plataforma utilizada pela OAB-MA, além de outras denúncias de possíveis falhas e práticas ilegais.
Yglésio afirmou que a eleição foi cancelada pela própria OAB-MA depois que a entidade constatou a participação de diversos advogados que não estavam aptos a votar, mas que mesmo assim participaram do processo. Ele disse que isso aconteceu porque muitos advogados prestaram o compromisso e depois o registro, ou ainda porque não tinham o comprovante de quitação e mesmo assim conseguiram votar.
O parlamentar destacou que o sistema utilizado pela OAB-MA possui diversas falhas, pois não possui travas no início do processo e, por isso, é impossível utilizá-lo em um novo processo. Ele citou exemplos de outros processos eleitorais em que esse mesmo sistema foi utilizado, como nas eleições de clubes de futebol, e demostrou sua fragilidade. Segundo Yglésio, esse sistema não conseguia sequer mostrar quando uma pessoa que já havia falecido votava.
Além disso, o deputado investiga a possibilidade de aluguel de tokens, dispositivos usados para identificar o advogado na votação, e afirmou que chegaram denúncias de que candidatos chegaram a pagar diretores e conselheiros da OAB-MA, fazendo campanha com cestas de café e até oferecendo café da manhã em hotel de luxo na capital.
Yglésio também criticou a organização do processo eleitoral em relação ao lançamento do edital. Ele afirmou que a OAB-MA prometia lançar o edital desde agosto, mas só o fez em abril, quase oito meses depois.
Para o deputado, o melhor caminho seria o uso de urnas eletrônicas na nova votação. Segundo ele, em 60 dias as urnas eletrônicas estariam disponível para a OAB-MA realizar o pleito.
Yglésio chamou ainda a atenção para o número de advogados aptos a votar que se abstiveram. Das 13 mil pessoas que estavam aptas para votar, apenas 8 mil votaram, ou seja, 5 mil pessoas não votaram.
Até o momento, OAB-MA segue sem se manifestar sobre as medidas que serão implantadas para garantir a transparência e a lisura do processo eleitoral do Quinto Constitucional.
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