quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Lei originária de projeto de Carlos Lula torna obrigatórias ações de combate ao HPV no Maranhão

 


Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar mais de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero, sendo 800 no Maranhão. A doença é causada por infecções recorrentes de alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV) e é considerada a terceira causa de mortes prematuras femininas no país.

Para evitar o aumento dos casos, está em vigor a Lei 11.996, de autoria do deputado estadual Carlos Lula (PSB), que estabelece as Diretrizes para Política Estadual de Proteção e Combate contra o vírus Papilomavírus Humano (HPV). O novo regulamento obriga a conscientização, a imunização, o diagnóstico e o tratamento em todo o estado do Maranhão.

Para Carlos Lula, a melhor maneira de evitar o aumento dos casos de câncer causados pelo HPV é a vacinação, sendo necessária a mobilização dos 217 municípios. Segundo o parlamentar, a política de combate ao HPV precisa ser permanente.

“Temos um problema sério no Maranhão que é a alta incidência de câncer de colo de útero e de câncer de pênis, derivado, sobretudo, do HPV. Com o aumento da vacinação, poderíamos em uma ou duas gerações, zerar a doença. Para isso, os municípios precisam atingir as metas de vacinação de meninos e meninas na idade correta e evitar que no futuro, quando eles iniciem sua vida sexual eles estejam sujeitos à doença. Esperamos que essa política seja mais um elo a fortalecer o programa lançado recentemente pelo Governo do Estado que é o ‘Cuidar de Todos”, voltado para a Atenção Primária”, explicou.

A vacina é oferecida de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 15 anos. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.

A vacina HPV é capaz de prevenir infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelo vírus. Além do câncer de colo de útero, a infecção também está relacionada ao câncer anal, de vulva, de vagina, de pênis e de orofaringe.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, mas os números estão abaixo do esperado em todo o país. No Maranhão, a cobertura acumulada entre as faixas etárias elegíveis do programa de 24,04% entre os meninos e de 46,96% entre as meninas. Atualmente, todos os 217 municípios se encontram abaixo da meta de cobertura vacinal. Vargem Grande, Nina Rodrigues, Turilândia, Santa Helena e Timbiras estão abaixo de 7%.

“A partir de agora, com a publicação da lei, vamos acompanhar o trabalho realizado pela Secretaria de Estado da Saúde e pelos municípios para garantir a intensificação da vacinação e a identificação primária de sinais e sintomas da doença para garantir o tratamento precoce na rede pública de saúde. Só com essas medidas poderemos garantir a diminuição desses casos ao longo dos próximos anos”, ressaltou o deputado estadual Carlos Lula.

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