terça-feira, 14 de março de 2017

Vereador Marcial Lima denuncia crime ambiental na Reserva do Batatã


O jornalista e vereador Marcial Lima (PEN) usou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís nesta segunda-feira (13) para denunciar que neste fim de semana mais uma empresa estaria fazendo serviços de medição na área do Parque Estadual do Bacanga, onde fica  o Reservatório do Batatã, que deveria ser protegida pelo Estado.

"No período do Carnaval, enquanto as atenções estavam voltadas para a festa, uma empresa ocupou a reserva e devastou uma boa parte da vegetação. Lembramos que já há uma ação judicial proferida pelo atual Juiz da Vara de Interesses Difusos Douglas Martins, proibindo esta prática criminosa", antecipou Marcial Lima.

A devastação na área do Parque, onde se encontra o Reservatório do Batatã, que abastece com água 40% dos bairros de São Luís, tem sido alvo de denúncias até mesmo ao Ministério Público Estadual (MPE). O Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Maranhão, que tem um comando dentro da área, esteve no local e apreendeu o maquinário que estava devastando a vegetação. Porém, segundo o vereador Marcial Lima, o crime ambiental continua. E neste último final de semana a empresa teria voltado a área para realizar trabalhos que seriam ilegais.

A denúncia deste escândalo é da Associação dos Geólogos do Estado do Maranhão (Agema), que encaminhou ofício ao Ministério Público, no dia 14 de fevereiro deste ano, denunciando essa transferência irregular dentro do Parque Estadual do Bacanga, que fica à margem da Avenida dos Franceses, próximo ao Terminal Rodoviário da capital maranhense, que agora está desmatada em boa parte.


"Nós não podemos permitir a construção de qualquer que seja o prédio na Reserva do Batatã, que seja de condomínio ou comercial. Isso poderia acarretar na contaminação de lençóis freáticos, e comprometer o abastecimento em vários pontos de São Luís, inclusive no Centro da cidade", destacou o vereador.

Nesse caso, o que é mais grave, é que a Caema teria permitido a intervenção dessa empresa que vem atuando na Reserva. A Caema deve se manifestar a respeito de obras no local.

Ainda sobre essas intervenções indevidas em áreas verdes, o parlamentar salientou a Reserva do Itapiracó, na região do Cohatrac, que já teria sofrido também com ações degradantes. "Precisamos defender nossas Reservas, a natureza de uma forma em geral, pelo bem dessas áreas, e consequentemente, da população", finalizou Marcial Lima.

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