![]() |
Bia Venâncio, ex-prefeita de Paço do Lumiar |
Com
base em uma Denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar, a
Justiça condenou, em 13 de dezembro último, a ex-prefeita Glorismar Rosa
Venâncio (mais conhecida como Bia Venâncio) e os ex-secretários Celso
Antonio Marques (Educação), Balbina Maria Rodrigues (Desenvolvimento
Social), Pedro Magalhães de Sousa Filho (Orçamento e Gestão) e Francisco
Morevi Rosa Ribeiro (Orçamento e Gestão).
A
Denúncia, assinada pelos promotores de justiça Gabriela Brandão da
Costa Tavernard, Reinaldo Campos Castro Junior e Samaroni Sousa Maia,
baseou-se em irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado
do Maranhão (TCE-MA) na prestação de contas do Município no exercício
financeiro de 2009.
Bia
Venâncio foi condenada, por crime de responsabilidade (Decreto-lei
201/67), a sete anos de reclusão, em regime inicialmente semiaberto,
além da inabilitação para o exercício de cargo ou função pública pelo
prazo de cinco anos.
Pelo
crime de responsabilidade cometido, a ex-gestora foi condenada a cinco
anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, além
de ficar inabilitada ao exercício de cargo ou função pública por cinco
anos. Mais uma vez, as penas privativas de liberdade foram convertidas
em prestação de serviços à comunidade, além da destinação de R$ 2.811,00
à ONG Liga pela Vida.
Além da condenação na esfera penal, em 5 de dezembro, os ex-gestores já haviam sido condenados por improbidade administrativa, com base nas mesmas irregularidades.
ENTENDA O CASO
A
primeira irregularidade apontada pelo Tribunal de Contas do Estado do
Maranhão (TCE-MA) surgiu ainda na fase de análise da documentação,
quando foi noticiado à Corte de Contas que as assinaturas do contador
Alexandre Santos Costa em demonstrativos contábeis do município haviam
sido falsificadas.
Os
técnicos do TCE apontaram uma série de irregularidades, sobretudo no
que diz respeito a despesas efetuadas de forma ilegal e problemas em
procedimentos licitatórios. O total de recursos movimentados em
licitações irregulares foi de R$ 23.712.249,39.
De acordo com Bia Venâncio, as áreas de finanças e administração estariam em situação de anormalidade. Com isso, foram dispensadas as licitações para os contratos de prestação de serviços e aquisição de bens necessários às atividades em resposta à situação de emergência. Entre essas dispensas de licitação, muitas tiveram processos que duraram mais de 100 dias, o que descaracteriza a urgência.
Outras irregularidades apontadas foram o pagamento de despesas nas quais as notas de empenho e ordens de pagamento não foram assinadas pelos ordenadores de despesas; a autorização de processos licitatórios pelo chefe de gabinete Thiago Aroso, que não era ordenador de despesas e nem tinha competência para ordenar tais atos; e a ordenação de despesas pelo secretário Francisco Morevi Rosa Ribeiro em datas anteriores à sua nomeação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário