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Foto Reprodução |
Os jurados do 1º Tribunal do Júri de São
Luís condenaram Paulo Guterres Serra, conhecido como Maninho (31), pelo
assassinato de Maria das Dores Costa Mota, em outubro de 2011, no Morro
do Zé Bombom, bairro Coroadinho. O crime foi causado por rixas entre
duas facções pelo comando da venda de drogas naquela área. Os criminosos
ainda tentaram incendiar a casa onde ocorria o velório da vítima. A
pena de 16 anos e 6 meses de reclusão será cumprida em regime fechado na
Penitenciária de Pedrinhas, onde o réu já se encontrava preso por
condenação em outro crime de tentativa de homicídio.
O júri ocorreu nessa quarta-feira (14), no
Fórum Des. Sarney Costa (Calhau). A juíza Vanessa Clementino, que
presidiu o julgamento, decretou a prisão preventiva do réu, devendo
Paulo Guterres, condenado por homicídio qualificado por motivo torpe,
aguardar preso o trânsito em julgado da decisão, negando-lhe o direito
de recorrer da sentença em liberdade. Atuou na acusação o promotor de
Justiça, Gilberto Câmara França Júnior e na defesa, o defensor público
Bernardo Laurindo Santos Filho.
CASO - De acordo com a
denúncia do Ministério Público, no Morro do Zé Bombom há duas facções
criminosas disputando a venda de drogas. No dia 16 de setembro de 2011,
dois homens de uma das facções atiraram em um membro do grupo rival, nas
imediações do bairro, iniciando o conflito. Segundo o processo, Hugo
Roberto Ribeiro Franco, conhecido como "Olhão", teria roubado um celular
e tentado roubar uma moto de integrantes da facção rival. No dia 09 de
outubro, Olhão foi até a casa de uma dessas pessoas pedir drogas,
momento em que houve uma discussão e "Olhão" foi morto com um tiro no
peito.
Os parceiros da vítima, revoltados,
armaram-se com revólveres e facas, dirigiram-se à casa de Diego Sousa
para levar Hugo Roberto Ribeiro à Unidade Mista do Coroadinho. Em
seguida, como ato de vingança, o grupo subiu o Morro do Zé Bombom e foi à
casa de Maria das Dores Costa Mota, mãe de dois membros da facção
rival, começou a atirar pela rua, quando então Paulo Guterres Serra
atingiu com um tiro a cabeça de Maria das Dores.
Consta no processo que a filha da vítima
tentou socorrer a mãe, mas o grupo disparou três tiros contra ela. Maria
das Dores só foi socorrida depois de algum tempo e morreu no hospital
por volta das 2h da madrugada do dia 10 de outubro de 2011. Além de
atirar em outras pessoas da família da vítima, os acusados também
ameaçaram incendiar a casa onde ocorria o velório de Maria das Dores.
Como vingança, o outro grupo, no dia 10 de
outubro 2011, incendiou a casa de uma mulher que seria mãe do líder da
facção responsável pela morte de Maria das Dores.
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