O futuro político de Leo Cunha, atual prefeito de Estreito e candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), está na berlinda.
Isso porque, nesta quinta-feira , 26, o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou uma ação de investigação judicial eleitoral acusando o gestor de abuso de poder político e econômico, condutas que desequilibram o processo eleitoral. Se acatadas, as sanções podem resultar na inelegibilidade de Léo Cunha por oito anos, e na cassação de seu mandato, caso seja reeleito.
O promotor eleitoral Paulo Roberto Castilho solicita, ainda, que o registro de candidatura de Cunha seja cassado.
A denúncia destaca eventos recentes, como a Cavalgada de Estreito 2024, realizada com o apoio da Prefeitura Municipal em pleno período eleitoral, promovendo a gestão do prefeito através de ações com claras conotações eleitorais. A presença da primeira-dama e falas no palco que enalteceram a figura de Cunha geraram indignação entre adversários, reforçando as acusações de promoção pessoal com o uso da máquina pública.
“O demandado, como se vislumbra, excedeu de seu poder político, pois aproveitou de sua condição de prefeito para de forma clara realizar campanha eleitoral”, apontou o representante do MPE.
O Ministério Público argumenta que a realização de grandes eventos financiados com recursos municipais, associados a declarações que exaltam o prefeito, é uma tática clara para influenciar o eleitorado em meio à campanha, infringindo as regras eleitorais.
“Sem dúvida alguma, condutas como a ora descrita tendem a afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos no pleito eleitoral, em detrimento daqueles que não têm a mesma possibilidade de usar a máquina pública em proveito de suas candidaturas. A situação de ilícita vantagem em relação aos demais concorrentes ao pleito é, pois, evidente”, destaca o promotor.
Se acatada ação, Léo Cunha pode ficar fora do cenário político até 2032.
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