Um novo detalhe surgiu nas investigações sobre o Renault Clio vermelho encontrado, no dia 30 de julho, com R$ 1 milhão no porta-malas. O veículo estava estacionado em frente ao antigo prédio de uma empresa registrada em nome da médica Clarice Sereno Loiola Braide, cunhada do prefeito de São Luís e do deputado estadual Fernando Braide, ambos do PSD.
Um vídeo mostra o momento em que Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do deputado estadual, deixou o veículo estacionado na Rua Andirobas, na faixa que fica em frente ao prédio do estabelecimento. Após deixar o carro, o homem entrou em um Honda Fit preto e deixou o local. A polícia ainda tenta identificar quem estava dirigindo este segundo carro.
Conforme dados da Receita Federal, no local funcionava a sede da empresa registrada como C. S. Loiola Braide, cujo nome fantasia era ‘Café e Companhia’. No entanto, as atividades da empresa eram voltadas para a área médica, como consultas, urgência e UTI móvel.
Clarice é esposa de Antônio Salim Braide, não chegou a ser intimado para prestar depoimento, mas, segundo a polícia, enviou um advogado espontaneamente à sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) para se colocar à disposição dos investigadores.
Em entrevista à equipe da TV Difusora, uma pessoa que estava na casa contou que o local nunca funcionou como sendo ‘Café e Companhia’, mas que sempre foi uma residência.
“Aqui é uma residência. Aqui nunca funcionou nenhuma empresa”, respondeu o homem que estava na casa no momento da entrevista.
Quando perguntado se conhecia a empresa C.S Loiola Braide, afirmou conhecer Clarice, mas informou que ela é casada e não mora na residência. Além disso, disse que a mesma já teve um quiosque no Monumental Shopping e que já fechou há mais de 10 anos.
“Se for ela, é a Clarice, mas ela é casada e não mora aqui. Ela já teve um quiosque há muitos anos no Monumental. Não ficava aqui”, disse por fim o homem.
O Difusora News entrou em contato com o advogado do irmão do prefeito de São Luís, Carlos Armando Alves Serejo, para falar sobre o caso, mas ele disse que, por assumir o caso recentemente, continua apurando as informações.
A polícia investiga também a origem e o destino do valor de R$ 1.109.350 encontrado no porta-malas do veículo. Além de Guilherme Teixeira, exonerado do cargo de secretário executivo do gabinete da Assembleia Legislativa, Carlos Augusto Diniz da Costa também é outro que está envolvido no caso.
Na ocasião, o servidor diz ser o proprietário do veículo Clio que estava com o dinheiro. Da mesma maneira que Guilherme, Carlos Augusto também terminou sendo exonerado. Anteriormente, desempenhava a função de analista técnico da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit).
Fonte: Difusora News
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