Justiça proíbe fechamento de duas agências bancárias em São Luís

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Uma decisão da Justiça do Maranhão proibiu o fechamento das agências do Banco Itaú na Cohama e na Rua da Paz, no centro de São Luís. A liminar foi concedida, nesta quarta-feira (28), pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís em resposta a uma Ação Civil Pública protocolada pelo Procon/MA e pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Maranhão (SEEB/MA).

Segundo a Justiça, a decisão de impedir o fechamento de agências bancárias no Maranhão tem o objetivo de evitar que os consumidores sofram com a falta de informação e com poucos postos de atendimento. Em caso de descumprimento da decisão, o banco deverá pagar multa diária de R$ 10 mil.

“Os consumidores atingidos pelo fechamento da agência sofrerão graves danos, decorrentes da diminuição na qualidade do serviço prestado, além de ficarem sujeitos a longos deslocamentos para que utilizem os serviços bancários contratados”, diz trecho da liminar.

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários, Gerlane Pimenta e Alberto Félix, comemoraram a decisão do juiz Douglas Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos. “Fazemos nossas, as palavras do juízo, segundo as quais, práticas derivadas do capitalismo monopolista, dos cartéis, dos oligopólios, não encontram respaldo constitucional e, portanto, não podem causar lesão aos bancários, clientes e usuários dos bancos”, afirmaram.

“Ficamos muito felizes de a justiça conceder previamente a suspensão dessa decisão do banco e continuamos vigilantes, atuando nesse processo e em quantos mais forem necessários para garantir os direitos dos consumidores”, afirmou a presidente do Procon/MA, Karen Barros.

Em nota, O Itaú Unibanco informa que avalia constantemente a adequação de sua rede de agências às novas necessidades dos clientes, uma vez que há um aumento na procura por atendimento nos canais digitais, como internet, celular e agências digitais. O banco esclareceu, ainda, que adota todas as cautelas necessárias antes de eventual interrupção de atividades de qualquer agência bancária, por meio de planos estruturados, transparentes, além de comunicações aos clientes.