quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Após explosão em Alcântara, empresa projeta lançamento em 2026

 

A empresa aeroespacial Innospace anunciou que planeja realizar um novo lançamento comercial de foguete no 1º semestre de 2026, depois do fracasso do voo do HANBIT-Nano na 2ª feira (22.dez.2025) no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Durante a transmissão ao vivo, a equipe responsável exibiu a mensagem “We experienced an anomaly during the flight”, indicando que uma anomalia foi identificada durante o voo. O voo não era tripulado.

O foguete sul-coreano HANBIT-Nano, que representava o primeiro lançamento comercial orbital a partir de solo brasileiro, explodiu poucos segundos depois da decolagem ao apresentar uma anomalia. O lançamento já havia sido adiado 3 vezes por questões técnicas.

Nesta 3ª, o CEO da Innospace, Kim Soo-jong, emitiu uma carta aos acionistas lamentando a falha no voo e pediu desculpas pelo resultado abaixo do esperado. O voo não era tripulado e tinha como objetivo colocar em órbita equipamentos voltados à coleta de dados ambientais, testes de comunicação em órbita, monitoramento de fenômenos solares e validação de tecnologias de navegação.

“Com base nos dados e análises obtidos neste lançamento, a empresa dará início rapidamente às correções técnicas necessárias e a verificações adicionais, passando por um processo adequado de melhorias. Nosso objetivo é retomar os lançamentos comerciais no primeiro semestre do próximo ano”, afirmou Kim.

Apesar do insucesso, a empresa afirmou que os dados coletados durante o curto voo serão utilizados na revisão técnica e no aprimoramento do projeto com foco na estabilidade, operação e confiabilidade do veículo nos lançamentos futuros.

Ainda que a carta não deixe claro se os lançamentos seriam no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a Agência Espacial Brasileira (AEB) informou que a InnoSpace tem um acordo de prestação de serviços de retribuição ao Estado com o Governo Brasileiro, de forma que é possível que novas tentativas de lançamentos de foguetes ocorram ainda em 2026, no Brasil.

O contrato entre a InnoSpace e o governo brasileiro não prevê lucro. O Brasil, em contrapartida, recebe a experiência necessária para o desenvolvimento do programa espacial e para a exploração comercial da Base de Alcântara para outros países.

‘Anomalia’ causou a explosão do foguete

O foguete sul-coreano HANBIT-Nano é o primeiro lançamento de um foguete comercial a partir do Brasil. A missão foi adiada três vezes e teve sua missão interrompida devido a uma “anomalia” logo após a decolagem, segundo a InnoSpace. Mas as causas da falha ainda não foram divulgadas.

Segundo Kim Soo-jong, a anomalia foi detectada 30 segundos após o lançamento, e, com isso, a empresa optou pela medida de queda do veículo dentro da zona de segurança terrestre, prática prevista no protocolo de segurança da empresa.

O voo não era tripulado e tinha como objetivo colocar em órbita equipamentos voltados à coleta de dados ambientais, testes de comunicação em órbita, monitoramento de fenômenos solares e validação de tecnologias de navegação.

Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros do CLA foram enviadas ao local para avaliar os destroços e a área da colisão. Os destroços do HANBIT-Nano caíram em uma área que pertence à Base de Alcântara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário