O juiz Douglas Lima da Guia, titular de 
Cururupu, presidiu nesta quarta-feira (30) uma sessão do tribunal do 
júri na comarca. O réu foi Edinaldo Silva, acusado de ter matado a 
própria esposa, identificada como Valdirene Santos Silva, em fato 
ocorrido em dezembro do ano passado. Edinaldo foi considerado culpado 
pelo conselho de sentença, por maioria de votos, e recebeu a pena de 13 
anos de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Consta na denúncia que o crime aconteceu 
na estrada do povoado Arapiranga, pertencente ao Município de Serrano do
 Maranhão, termo judiciário de Cururupu. O acusado, após ter passado o 
dia ingerindo bebidas alcoólicas, convidou a esposa Valdirene Santos 
Silva para irem a uma festa que ocorreria no Povoado Quilombo Boa 
Esperança 2. Relata ainda que no deslocamento para o referido evento 
festivo, ceifou a vida da vítima, sem qualquer motivo aparente, 
atingindo-lhe com golpes de faca a região do peito, causando-lhe a 
morte. O acusado foi pronunciado em 17 de Maio de 2017.
“O simples fato de ser uma mulher o 
sujeito passivo de um crime de homicídio não é suficiente para 
caracterizar o feminicídio, que foi introduzido no ordenamento jurídico 
por meio da Lei 13.104/2015. O crime somente restará configurado se 
ocorrer uma forma extrema de violência contra a mulher, levando-a à 
morte, sendo perpetrada num contexto de violência de gênero. Portanto, 
tratar-se-ão de homicídios que ocorram em situações em que o agressor 
mate a mulher numa atitude de exercício de um suposto direito de posse 
ou de domínio pleno sobre a vítima”, explica o juiz Douglas da Guia.
Além do Promotor de Justiça Francisco de 
Assis Silva Filho, participaram do júri o advogado José Ribamar Ramos 
Machado, como assistente de acusação, e a advogada Ana Lúcia de Sousa 
Araújo, que funcionou como defensora dativa do acusado. A sessão do 
Tribunal do Júri foi realizada no Auditório da Secretaria Municipal de 
Saúde de Cururupu.
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