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Lidiane Leite, ex-prefeita de Bom Jardim, também conhecida como 'prefeita ostentação' |
Grupo é acusado de corrupção ativa e passiva, peculato e falsidade ideológica
Devido
a diversas fraudes em processos licitatórios para aquisição de merenda
escolar, o Ministério Público do Maranhão ofereceu denúncia, no último
dia 16, contra a ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite e outros cinco
réus.
Pelo
mesmo motivo, a Justiça já tinha determinado em caráter liminar, em 11
de agosto, a indisponibilidade dos bens dos réus, até o limite de R$
5.692.849,88. As ilegalidades foram cometidas em dois pregões
presenciais, realizados em 2013 e 2015.
Além
da ex-prefeita, também foram denunciados o ex-secretário de Articulação
Política, Humberto Dantas dos Santos (conhecido como Beto Rocha), o
ex-pregoeiro municipal Marcos Fae Ferreira França, os empresários
Lindoracy Bezerra Costa e Jonas da Silva Araújo e o fazendeiro José
Raimundo dos Santos, tio de Beto Rocha.
Para
o promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira, titular da Promotoria
de Bom Jardim, os réus praticaram diversos crimes, como associação
criminosa; peculato; falsidade ideológica; corrupção passiva; corrupção
ativa, além dos crimes dispostos na Lei das Licitações (8.666/93).
Segundo
o membro do Ministério Público, as fraudes nas licitações tiveram “a
nítida finalidade de afastar demais licitantes e de patrocinar
interesses privados dos empresários que celebraram os contratos”.
Conforme
as investigações concluíram, a merenda escolar não foi fornecida nos
anos de 2013 a 2015, e mesmo assim Beto Rocha e Lidiane Leite
transferiram os recursos financeiros do município para as empresas rés.
ESQUEMA PARA FRAUDAR LICITAÇÕES
De acordo com a Denúncia, Beto
Rocha montou um grande esquema para fraudar licitações, utilizando-se
do cargo e da anuência de Lidiane Leite para desviar recursos. “Ele
escolheu os membros das Comissões Permanentes de Licitação e os
obrigou, por intermédio de Marcos Fae, a assinar documentos licitatórios
ideologicamente falsos. Na sequência, escolheu os empresários de sua
confiança, inclusive a esposa de seu tio, Lindoracy, para celebrar
contratos de fornecimento de gêneros alimentícios. Ato contínuo os
empresários recebiam recursos do município e não forneciam os produtos,
concretizando o peculato”, narra o texto da Denúncia.
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Lidiane Leite na época em que foi presa pela PF |
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