No Maranhão, somente este ano, 135 denúncias de importunação sexual contra mulheres foram registradas. E dentro dos ônibus, esse tipo de crime lidera a lista. Em 2018, foi sancionada a lei de importunação sexual que tornou crime, o assédio dentro do transporte público.
De acordo com a delegada da Delegacia da Mulher, Kasumi Tanaka, muitas vítimas deixam de denunciar por desconhecer a legislação. Segundo a lei, em casos como esse, o delegado não pode arbitrar uma fiança, ao chegar na delegacia o agressor é encaminhado direto ao sistema penitenciário. A partir de então, somente o juiz irá avaliar se deve ser convertido em flagrante a prisão preventiva ou se o suspeito deverá permanecer em liberdade sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Um dia após ser vítima de assédio sexual dentro de um coletivo na capital, a estudante Fernanda Mota foi até a Casa da Mulher Brasileira registrar o boletim de ocorrência . Através das redes sociais, ainda nesta quinta-feira (26), Fernanda contou como tudo aconteceu e recebeu o apoio de diversas mulheres que já passaram pelo mesmo crime.
“Nessas situações, o adequado é que a população auxilie para que o suspeito seja contido e chamar a polícia para trazer à delegacia, para que ele possa ser preso em flagrante de delito”, afirmou a delegada Kasumi Tanaka. Segundo a polícia, as câmeras de segurança do coletivo irá ajudar a identificar o suspeito que importunou sexualmente a jovem.
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