quarta-feira, 24 de abril de 2024

Carlos Lula defende direitos dos movimentos sociais durante o Grito da Terra 2024

 

“Nós precisamos de representatividade dentro da Assembleia Legislativa, pois, muitas vezes, nós somos mal vistos. Precisamos de deputados que tenham consideração e respeito pela nossa causa”, disse a lavradora Osmânida Fernandes, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Vargem Grande.

Osmânia Fernandes é uma das centenas de trabalhadoras e trabalhadores rurais que participaram, nesta terça-feira (23), do movimento ‘Grito da Terra - Maranhão 2024’, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (FETAEMA), que reuniu caravanas dos 214 sindicatos filiados à entidade. O ato, que reivindicou mais direitos, segurança, proteção do meio ambiente e bem viver no campo, iniciou em frente à sede do Poder Legislativo Estadual e seguiu em caminhada para o Palácio dos Leões.

O deputado estadual Carlos Lula (PSB), que acompanhou as situações de conflito agrário nas cidades de Cantanhede e em São Benedito do Rio Preto, participou do ato e destacou a importância de garantir os direitos dos movimentos sociais e da população que vive no campo.

“Um dos objetivos do nosso mandato é garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. O Maranhão é um estado com boa parte dele rural e temos que entender as dificuldades de quem vive na zona rural. Temos que pensar a proteção do meio ambiente, o bem viver no campo para que essas pessoas tenham condições de viver onde estão hoje. Para que o homem do campo tenha a condição de viver bem, plantando, colhendo e, mais do que isso, em sintonia com o meio ambiente”, afirmou.

Paulinho Correia faz parte da Cooperativa Agrícola Quilombola Pindoval, povoado localizado em Miranda do Norte, e ressalta que o parlamento tem um papel crucial no apoio e produção do pequeno agricultor.

“Nosso objetivo é produzir para que a população tenha mais alimento na mesa, mais barato, com mais qualidade e alimento orgânico. Para que o nosso trabalho se desenvolva, precisamos do nosso direito garantido. Tendo representantes dentro da Assembleia Legislativa ficamos mais próximos do nosso objetivo”, assegurou o lavrador.

A opinião também é compartilhada pela assessora da FETAEMA, Juliana Gama, que destaca que quando existe alguém no parlamento que represente a população do campo, quem ganha são os trabalhadores rurais.

“Precisamos de parlamentares assim, que tenham empatia, que se importam com a nossa causa e que venham defender os nossos direitos. Que leve para o campo, principalmente, aquilo que estamos buscando, que é saúde, educação, concessão da reforma agrária, fim dos agrotóxicos e dos correntões”, pontuou.

Reconhecimento

O deputado Carlos Lula participou também da sessão solene em homenagem aos 40 anos do Movimento Sem Terra (MST), 52 anos da FETAEMA e 60 anos de Fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). O evento contou com a participação de representantes do movimento, do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira, do vice-governador Felipe Camarão, secretários de Estado, entre outras autoridades.

A proposta da solenidade, realizada pela Assembleia Legislativa, foi garantir o reconhecimento do parlamento maranhense ao mais importante movimento social do país, bem como o apoio a execução da reforma agrária no Brasil e no Maranhão.

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