Causas e impactos ambientais vêm sendo pautas evidentes na atualidade. Diversas são as mudanças que estão acontecendo com os desmatamentos, devastação de biomas, secas e inundações alternadas, poluição atmosférica, aquecimento global, mudanças climáticas e outros. E nessa onda de climas atípicos extremos, algumas preocupações já ficam evidentes.
No Brasil, o El Niño está provocando o aquecimento das temperaturas em até 2,5ºC em alguns locais, refletindo em temperaturas mais quentes e radicais.
“Este fenômeno climático pode afetar especialmente comunidades vulneráveis, causando danos à infraestrutura, interrupção no abastecimento de alimentos e aumento do preço dos produtos básicos. Portanto, medidas de apoio, como programas de assistência social e reabilitação de infraestrutura, são essenciais para lidar com os impactos e garantir a resiliência das pessoas que podem ser afetadas”, alertou a professora Geiziane Oliveira.
Geiziane salienta que neste cenário há formas de prevenir que algumas regiões sejam menos impactadas em casos de eventos climáticos extremos. “Com os indícios de climas atípicos é possível realizar um planejamento prévio da infraestrutura urbana, implantando uma gestão de risco e sendo orientada por um zoneamento ambiental, assim como ampliar as discussões e políticas públicas, onde esteja considerada a possibilidade de catástrofes ambientais com restrição de uso de uma área sensível e a criação de um sistema de alerta precoce e monitoramento de áreas vulneráveis”, alerta.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a Terra está esquentando mais rápido do que era previsto e se prepara para atingir 1,5 °C acima do nível pré-industrial já na década de 2030, dez anos antes do que era esperado. “Caso chegarmos a esse índice, haverá eventos climáticos extremos em maior frequência, como enchentes e ondas de calor. Com isso, é primordial a conscientização da população para a busca de um desenvolvimento sustentável e o papel de cada ser humano na preservação do meio ambiente, com utilização mais sustentável dos recursos naturais”, destaca Geiziane.
A professora ressalta ainda a série de mudanças climáticas ocorridas nos últimos tempos é fruto das práticas não sustentáveis utilizadas, entre elas, o desmatamento, emissão dos chamados gases de efeito estufa, poluição das águas, entre outras. “Essas ações contribuem diretamente para o desequilíbrio ambiental, o que reflete principalmente nas estações fora do comum que o planeta vem vivendo”.
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