quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Haddad sobre relação com os EUA: “Estamos confiantes nos nossos argumentos”

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou como bem-sucedida a estratégia brasileira de negociação com os Estados Unidos para buscar reverter as taxações unilaterais impostas aos produtos brasileiros. Em entrevista com profissionais de rádios e portais na manhã desta terça-feira, 7 de outubro, no Bom Dia, Ministro, ele ressaltou que a conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, nesta segunda-feira, teve potencial de destravar nós e permitir soluções mais conectadas à diplomacia e às relações de comércio exterior entre as nações.


"A nossa estratégia, na minha opinião, está dando certo. Muita gente propôs que o governo do presidente Lula adotasse outra forma de proceder, mas estamos tão confiantes nos nossos argumentos que entendemos que eles vão se fazer valer pela diplomacia brasileira, que é das melhores do mundo”, afirmou. São dois países que têm longa tradição de cooperação. A conversa foi muito boa ontem, nessa direção. Então, acredito que vai distensionar e abrir um espaço para uma conversa franca, produtiva”, disse Fernando Haddad.

 

Segundo Haddad, o papel do Ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio tem sido oferecer argumentos econômicos. Ao longo dos últimos 15 anos, os Estados Unidos tiveram superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil. Adicionalmente, Haddad lembrou que a tarifa adicional de 40% aos produtos brasileiros teve efeito adverso e amargo no cotidiano dos americanos.
 

“Eles estão pagando o café mais caro, a carne mais cara, vão deixar de ter acesso a produtos brasileiros de alta qualidade no campo da indústria. Estão notando, de dois meses para cá, que as medidas mais prejudicaram do que favoreceram os Estados Unidos”, explicou. “Os fatos são favoráveis à parceria, inclusive no que concerne às vantagens que os Estados Unidos têm ao estabelecer relações comerciais com o Brasil”.
 

Para o ministro, há uma determinação dos dois presidentes de “virar a página equivocada” que marcou os últimos dois meses de relação entre os países. “São dois países que têm longa tradição de cooperação. A conversa foi muito boa ontem, nessa direção. Então, acredito que vai distensionar e abrir um espaço para uma conversa franca, produtiva”, destacou Haddad. “Governos entram e saem, mas dois estados da importância de Brasil e Estados Unidos têm que manter uma relação cordial. Estamos no mesmo continente, somos as maiores democracias ocidentais”, completou.

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