A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (28) que a bandeira tarifária aplicada às contas de luz em dezembro será a bandeira amarela. A mudança representa uma redução no valor extra cobrado dos consumidores, que passam a pagar R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em novembro, com a bandeira vermelha patamar 1, o acréscimo era de R$ 4,46 para o mesmo volume de energia.
Segundo a Aneel, a decisão foi tomada com base na chegada do período chuvoso no país e na previsão de aumento das chuvas em dezembro, especialmente quando comparado ao mês anterior. Mesmo assim, o órgão alerta que o volume ainda deve ficar abaixo da média histórica para esta época do ano.
A Agência reforça que, apesar da melhora nas condições de geração, o uso das usinas termelétricas continuará sendo necessário para atender à demanda do Sistema Interligado Nacional. Isso mantém os custos de geração acima do padrão que permitiria a bandeira verde.
A Aneel também destacou que a geração solar não garante fornecimento contínuo, principalmente à noite e nos horários de maior consumo, o que influencia o cálculo da bandeira tarifária.
Nos meses de outubro e novembro, vigorou a bandeira vermelha patamar 1. Antes disso, em agosto e setembro, o país operou com a bandeira vermelha patamar 2, que tem o custo extra mais alto: R$ 7,87 por 100 kWh.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias mostra, de forma simples, os custos de produção de energia no Brasil.
• Bandeira verde: não há cobrança extra.
• Bandeira amarela: cobrança moderada.
• Bandeira vermelha: cobrança mais alta, variando conforme o patamar.
As bandeiras refletem o custo real da geração de energia. Quando o nível dos reservatórios está baixo ou a produção renovável é insuficiente, o país precisa recorrer a termelétricas, que têm operação mais cara, o que eleva o valor da conta de luz.
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