quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Indícios de fraudes marcam eleições para os Conselhos de Enfermagem no país

No Maranhão, acréscimo de 927 votos em ‘urnas’ geraram distorções estatísticas bastante improváveis fazendo chapa da atual diretoria do Coren-MA, que concorreu à reeleição, obteve para o Quadro II (técnicos de enfermagem) 6.146 votos de um total de 10.664 votantes. Ou seja, um percentual superior a 57% que dificilmente seria atingido numa disputa bastante pulverizada

Os profissionais de Enfermagem de todo o país estão perplexos com os resultados das eleições realizadas entre domingo e segunda-feira, 01 a 02/10. Em vários estados, incluindo o Maranhão, as chapas que surgiam como favoritas, de acordo com as sondagens, pesquisas e nível de apoio e adesão, foram derrotadas e tiveram votações baixíssimas que acabaram por despertar atenção para a segurança e lisura do processo de votação organizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

Diversas inconsistências foram encontradas nos números apresentados pelo COFEN, indicando a realização de fraude grosseira, com o cômputo de 48.473 votos a mais do que a quantidade de votantes. De acordo com o sistema oficial de votação, disponível em https://www.votaenfermagem.org.br/, cujo fechamento se deu à 10:01h, em razão do fuso horário do estado do Acre, o total de votantes em todo o país foi de 806.266, no entanto, o resultado da apuração divulgado em seguida trouxe o total de 854.739 votos. Ou seja, mais votos do que eleitores.

No Maranhão, as “urnas” receberam a adição de 927 votos, quantidade superior ao teoricamente recebido por uma das chapas para o Quadro I (enfermeiros). Os levantamentos iniciais apontam que houve um acréscimo de até 10% no total de eleitores em cada estado, indicando que o resultado estava pronto antes do término da votação, momento em que os fraudadores não tinham como saber o total final de votantes, tendo sido obrigados a fazer uma projeção, que acabou mostrando-se equivocada.

Esse acréscimo de votos, além da possível inversão de posições entre os resultados obtidos pelas diversas chapas concorrentes, acabou por gerar distorções estatísticas bastante improváveis, como, por exemplo, o fato de que a chapa da atual diretoria do Coren-MA, que concorreu à reeleição, obteve para o Quadro II (técnicos de enfermagem) o montante de  6.146 votos de um total de 10.664 votantes, um percentual superior a 57% que dificilmente seria atingido numa disputa bastante pulverizada como a que ocorreu, com a participação de três chapas para essa categoria.

Além disso, a baixíssima votação atribuída a diversas chapas em todo o país, todas elas com orientação política que diverge dos atuais mandatários do COFEN, indica a manipulação dos votos, visto que não reflete, estatisticamente, o nível de mobilização verificado nas diversas campanhas.

Em razão das inconsistências encontradas, as quais já foram documentadas por diversos representantes de chapas, estão sendo preparados recursos e ações, tanto administrativos quanto judiciais, visando à responsabilização e criminalização dos autores da fraude e, assim, garantir que a vontade soberana da categoria, mediante o voto, seja respeitada.


Fonte: Blog Dalvana Mendes

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