No Maranhão, acréscimo de 927 votos em ‘urnas’ geraram distorções estatísticas bastante improváveis fazendo chapa da atual diretoria do Coren-MA, que concorreu à reeleição, obteve para o Quadro II (técnicos de enfermagem) 6.146 votos de um total de 10.664 votantes. Ou seja, um percentual superior a 57% que dificilmente seria atingido numa disputa bastante pulverizada
Os profissionais de Enfermagem de todo o país estão perplexos com os resultados das eleições realizadas entre domingo e segunda-feira, 01 a 02/10. Em vários estados, incluindo o Maranhão, as chapas que surgiam como favoritas, de acordo com as sondagens, pesquisas e nível de apoio e adesão, foram derrotadas e tiveram votações baixíssimas que acabaram por despertar atenção para a segurança e lisura do processo de votação organizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
Diversas inconsistências foram encontradas nos números apresentados pelo COFEN, indicando a realização de fraude grosseira, com o cômputo de 48.473 votos a mais do que a quantidade de votantes. De acordo com o sistema oficial de votação, disponível em https://www.votaenfermagem.org.br/, cujo fechamento se deu à 10:01h, em razão do fuso horário do estado do Acre, o total de votantes em todo o país foi de 806.266, no entanto, o resultado da apuração divulgado em seguida trouxe o total de 854.739 votos. Ou seja, mais votos do que eleitores.
No Maranhão, as “urnas” receberam a adição de 927 votos, quantidade superior ao teoricamente recebido por uma das chapas para o Quadro I (enfermeiros). Os levantamentos iniciais apontam que houve um acréscimo de até 10% no total de eleitores em cada estado, indicando que o resultado estava pronto antes do término da votação, momento em que os fraudadores não tinham como saber o total final de votantes, tendo sido obrigados a fazer uma projeção, que acabou mostrando-se equivocada.
Esse acréscimo de votos, além da possível inversão de posições entre os resultados obtidos pelas diversas chapas concorrentes, acabou por gerar distorções estatísticas bastante improváveis, como, por exemplo, o fato de que a chapa da atual diretoria do Coren-MA, que concorreu à reeleição, obteve para o Quadro II (técnicos de enfermagem) o montante de 6.146 votos de um total de 10.664 votantes, um percentual superior a 57% que dificilmente seria atingido numa disputa bastante pulverizada como a que ocorreu, com a participação de três chapas para essa categoria.
Além disso, a baixíssima votação atribuída a diversas chapas em todo o país, todas elas com orientação política que diverge dos atuais mandatários do COFEN, indica a manipulação dos votos, visto que não reflete, estatisticamente, o nível de mobilização verificado nas diversas campanhas.
Em razão das inconsistências encontradas, as quais já foram documentadas por diversos representantes de chapas, estão sendo preparados recursos e ações, tanto administrativos quanto judiciais, visando à responsabilização e criminalização dos autores da fraude e, assim, garantir que a vontade soberana da categoria, mediante o voto, seja respeitada.
Fonte: Blog Dalvana Mendes
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