terça-feira, 20 de junho de 2023

MPMA promove seminário sobre programa família acolhedora para idosos em São Luís


Na manhã desta terça-feira, 20, foi aberto na sede da Procuradoria-Geral de Justiça o seminário “Família acolhedora como alternativa humanizada ao asilamento de pessoas idosas”. Promovida pelo Ministério Público do Maranhão, por meio do Centro de Apoio de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e das Pessoas com Deficiência (CAO-PIPD) e da Escola Superior do MPMA, a atividade contou com a presença de membros e servidores da instituição ministerial, representantes de entidades e órgãos de defesa do idoso e profissionais da assistência social e de áreas afins.

 

Como palestrante convidada, participou a procuradora de justiça do Ministério Público do Paraná Rosana Beraldi Bevervanço, coordenadora do CAO-Idoso do MPPR, que discorreu sobre o tema do encontro.


 

ACOLHIMENTO

 

Na abertura, o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, ressaltou que a função do Ministério Público é justamente cuidar de todos que compõem a sociedade, incluindo aqueles que já contribuíram para o desenvolvimento do país. 

 

Em seguida, o coordenador do CAO-PIPD, promotor de justiça Alenilton Santos da Silva Júnior, destacou a importância do trabalho em rede para a garantia dos direitos e o ineditismo do tema do seminário. 

  

A diretora da ESMP, Karla Adriana Farias Vieira, afirmou que o tema do acolhimento à velhice deve ser incluído na pauta do Ministério Público com o máximo de urgência possível. “Esse acolhimento nós temos que pensar e oferecer, porque a impressão que temos é que o tempo está passando cada vez mais apressadamente. Nós estamos realizando esse encontro aqui por solidariedade, porque é um dever constitucional nosso. Nós somos responsáveis por construir uma sociedade livre, justa e solidária”, frisou.    

 

Também se pronunciaram na abertura o presidente do Conselho Estadual do Idoso do Maranhão, Glécio Leite Silva, e a presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev-MA), Raysa Maciel Rodrigues, que representou o governador Carlos Brandão.

 

Do Ministério Público do Maranhão também compuseram a mesa de abertura a corregedora-geral Themis Maria Pacheco de Carvalho e a ouvidora Sandra Alves Elouf.

 

Igualmente estiveram presentes o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), Lívio Jonas Mendonça Corrêa; o defensor público da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, Vinicius Goularto superintendente de Promoção de Direitos Humanos da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedhipop)Fábio Barbosa; o presidente Associação Nacional de Gerontologia, Rafael Lima.

 

Antes do início da palestra, o coral Vozes da Universidade Aberta Intergeracional (Unabi) se apresentou no seminário, interpretando canções juninas do Maranhão.

 

PALESTRA

 

Mediador da palestra, o promotor de justiça Alenílton Santos da Silva explicou que a implementação de políticas públicas de acolhimento familiar a pessoas idosas é um grande desafio na atualidade para garantir o bem-estar social devido ao aumento populacional de idosos no país. No Maranhão, existem 1,7 milhão de pessoas idosas e o Brasil caminha para 30 milhões”, disse.  

 

Rosana Beraldi Bevervanço iniciou a sua exposição explicando que o direito ao envelhecimento digno é previsto no Estatuto da Pessoa Idosa e é cercado por outros direitos como o da solidariedade e integração familiar. “A manutenção da pessoa idosa em sua própria família tem matriz constitucional e deve ser privilegiada. Portanto, o asilamento, é uma medida excepcional, nos casos em que famílias não possuem condições financeiras de oferecer os cuidados ou quando o idoso não possui família”.

 

No entanto, a palestrante afirmou que entre a família e o asilamento são necessários cuidados intermediários. “Há um espaço que deve ser preenchido pelas formas alternativas humanizadas, uma delas a família acolhedora”.

 

Em seguida, a procuradora de justiça do MPPR citou alguns municípios do Paraná e de Santa Catarina que tiveram experiências exitosas na implementação do programa família acolhedora. No Paraná, São Pedro do Iguaçu, Curitiba, Vera Cruz do Oeste, por exemplo, e, em Santa Catarina, Xanxerê e Chapecó.    

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