Apesar
de ter conseguido convencer aliados a barrar o prosseguimento da
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, na noite da última
quarta-feira (25), o governo federal não terá forças para aprovar a Reforma
da Previdência. A avaliação é da deputada federal Eliziane Gama
(PPS-MA).
Nesta
quinta-feira (26), menos de 12 horas após a Câmara barrar a
continuidade do processo contra o presidente da República, a equipe
econômica de Temer informou que o projeto que altera as regras da
Previdência está no “topo de prioridades do governo”.
“A
Reforma da Previdência já não contava com muita simpatia dos
parlamentares. E com a desmoralização deste governo, com a proximidade
do período eleitoral, esta matéria perde força no Congresso Nacional. É
um pacote de maldades contra os brasileiros que, mais uma vez, são
ameaçados de terem que arcar com uma conta que é fruto da
irresponsabilidade do Executivo, ao longo destes últimos anos”, disse a
deputada do PPS.
Eliziane
Gama, que votou para autorizar o Supremo a investigar Temer por
formação de quadrilha e obstrução judicial, acredita que a última e
penosa vitória do presidente na Câmara não lhe dá nenhuma garantia para
obter resultado favorável no projeto que altera as regras para milhões
de aposentados e pensionistas.
“Estamos
falando de uma proposta de Emenda à Constituição que necessita de
quórum qualificado e que precisa ser aprovada em dois turnos em cada
Casa Legislativa. Além disso, o conteúdo é altamente impopular, pois
retira direitos sociais. Então, o Palácio não terá vida fácil nos
próximos meses na Câmara e no Senado”, concluiu a parlamentar
maranhense.
A
reforma da Previdência está parada na Câmara desde que vieram à tona os
áudios das conversas entre o presidente Michel Temer e o dono da JBS,
Joesley Batista. O teor do diálogo foi divulgado em maio deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário