O deputado Rubens Pereira Júnior falou da tribuna da Câmara dos Deputados sobre o vazamento dos áudios e prints de supostas chantagens jurídicas ao governo do estado.
Rubens confirmou a veracidade dos áudios, mas disse que estão descontextualizados e que ele só foi até Flávio Dino por um aconselhamento e não por negociação.
Em discurso, Rubens Jr. classificou o episódio como uma “gravação ilegal, distorcida e descontextualizada, com fins políticos”. O deputado afirmou que a situação representa “um péssimo precedente” e denunciou uma “onda de arapongagem” no estado.
“Gravar adversário já é repugnante, mas gravar aliado é algo odioso”, declarou o parlamentar, ao afirmar que foi vítima de uma gravação.
Rubens Jr. explicou que o diálogo gravado foi resultado de um pedido do governador, que teria solicitado sua ajuda para “construir a paz política” no grupo governista. Segundo ele, o encontro com o ministro Flávio Dino teve apenas caráter conciliatório.
“Fui levar uma mensagem de paz. O ministro Flávio Dino foi claro: não participa mais da política desde que assumiu o STF. Disse que processos se resolvem nos autos e a política, entre os políticos”, relatou o deputado.
O parlamentar lamentou que a conversa tenha sido usada para criar uma crise. “Transformaram um diálogo de paz em perseguição e chantagem”, afirmou.
Durante o discurso, Rubens Jr. anunciou que solicitou a exoneração do pai, Rubens Pereira, do cargo de secretário de Articulação Política do governo do Maranhão.
“Na política, é melhor ser traído do que ser traidor. Meu pai não é traidor, mas não podemos permanecer num governo que grava aliados”, disse.
Ao concluir o discurso, o parlamentar disse que seguirá firme na defesa da coerência e da transparência na política. “Saio de cabeça erguida, do lado do povo e da verdade”, declarou.

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