O Ministério da Saúde iniciou a distribuição gratuita de dois novos modelos de camisinha no Sistema Único de Saúde (SUS). Além da versão tradicional, agora a população terá acesso às opções texturizada e fina.
A medida tem como objetivo estimular o uso de preservativos, especialmente entre jovens, e reforçar a prevenção contra o HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O uso da camisinha também ajuda a evitar gestações não planejadas.
Segundo o ministério, a diversificação da oferta busca tornar o preservativo mais atrativo e atender às diferentes preferências da população. A ação responde a um desafio apontado por pesquisas recentes: a queda no uso de preservativos nos últimos anos, sobretudo entre os jovens.
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2019) mostram que 59% das pessoas com mais de 18 anos afirmaram não usar camisinha em nenhuma relação sexual no último ano. Apenas 22,8% disseram usar em todas as relações. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2024) também apontou redução no uso em diversos países.
As novas versões mantêm a mesma eficácia de proteção dos preservativos já disponíveis. A expectativa é que sejam distribuídas 400 milhões de unidades em 2025.
Até então, o SUS oferecia dois tipos de preservativo: o externo, feito de látex, e o interno, fabricado em látex ou borracha nitrílica.
A distribuição faz parte da estratégia de Prevenção Combinada, que une diferentes métodos para ampliar a proteção contra ISTs. Entre eles estão: preservativos, gel lubrificante, profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP), diagnóstico e tratamento, vacinação e ações de promoção da saúde sexual.
As camisinhas são distribuídas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sem exigência de documento de identificação e sem restrição de quantidade.
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