A Polícia Federal indiciou a passageira que agrediu verbalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, em um voo de São Luís para Brasília, na tarde de segunda-feira (1º). A mulher responderá por injúria qualificada e incitação ao crime, segundo a corporação.
Ela é enfermeira e servidora da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, atuando em um hospital público em Curitiba. E estava em São Luís com um grupo de 16 pessoas, que viajou ao Maranhão para fazer turismo, segundo o jornal O Globo.
De acordo com a assessoria do ministro, Dino não reagiu às ofensas. A situação foi contida por um dos seguranças que acompanhavam o ministro, impedindo que a passageira chegasse até sua poltrona. Ela também recebeu advertência da chefe de cabine após o episódio.
Ainda conforme a assessoria, o ministro estava sentado e trabalhando quando a mulher embarcou gritando frases como “o avião estava contaminado” e “não respeito esse tipo de gente”. Ela também apontou em direção a Dino e afirmou “o Dino está aqui”, o que foi classificado como uma tentativa de incitar uma rebelião a bordo.
Um agente da PF que estava de plantão no aeroporto de São Luís entrou na aeronave, conversou com a segurança do ministro e informou que comunicaria a ocorrência à superintendência em Brasília. Após o pouso, a passageira foi advertida e conduzida para prestar depoimento.
Segundo a PF, o indiciamento foi feito com base nos artigos 140 e 141, inciso II, do Código Penal, referentes à injúria qualificada, além do artigo 286, que trata de incitação ao crime. Em nota, a assessoria de Flávio Dino afirmou que “todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes” e classificou as agressões como inaceitáveis, especialmente por terem ocorrido dentro de um avião, afetando outros passageiros e colocando em risco a operação do voo.
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